Vereadores de Simões Filho fazem balanço de lucros dos bancos e denunciam: “faltam banheiros e até papel higiênico”


Durante a sessão da última terça-feira (10) na Câmara de Vereadores de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), alguns vereadores questionaram a falta de retorno social de bancos e instituições financeira, além de pedágios que têm lucros anuais altíssimos e não investem absolutamente nada no município.

Durante sua fala, o vereador e relator da Comissão Permanente de Finanças, Canjirana (PSL) chamou a atenção para as concessionárias que administram rodovias pedagiadas em Simões Filho, Via Bahia e Bahia Norte, que para ele não estão prestando um bom serviço à população.

De acordo com Canjirana “algumas pistas a nível de governo que não são pedagiadas estão até melhores do que as vias pedagiadas” que cortam o município. Outra observação feita pelo vereador é que essas concessionárias são verdadeiras “fabricas de fazer dinheiro”, mesmo assim não têm entregado “nenhum retorno social” para a cidade.

No que se refere aos bancos, Canjirana se lembrou da Lei dos 30 minutos, que em Simões Filho foi aprovada pelos parlamentares em mandatos anteriores, mas não é cumprida pelas instituições financeiras.

“Você chega na Caixa é um atendimento péssimo. Você chega no Bradesco é um atendimento péssimo. Você chega nos bancos privados, atendimento ruim, chega nos bancos do governo e é a mesma coisa”, disse ele.

O edil reclamou ainda da estrutura física desses bancos e salientou que se quer um sanitário para uso dos clientes é disponibilizado na maioria dos casos. “Muitas vezes eu vi que não tem um sanitário, não tem um banheiro. Isso é um absurdo neste país e é uma falta de respeito com esse município. Simões Filho é a sexta economia neste estado, precisa ser mais respeitado”, completou.

Em concordância com a fala de Canjirana, o vereador Arnoldo Simões explicou que somente no o ano de 2017 o banco Bradesco teve um lucro de R$ 14 bilhões e 600 mil e o banco Itaú atingiu R$ 24 bilhões 879 mil, já a Caixa Econômica cresceu em média 202,6% ao ano, o que significa um lucro de R$ 2 bilhões.

Arnoldo também reclamou dos sanitários das instituições e contou uma situação vivida por ele próprio. “Uma vez eu estive no banheiro da Caixa Econômica aqui e nem papel higiênico tinha no banheiro”.

Canjirana completou a frase do colega com a seguinte indagação: “E a gente pergunta vereador: qual é o retorno? Nenhum”. “A gente está falado em um ano de crise e essas empresas grandes, principalmente empresas financeiras tiveram muito lucro e o retorno é zero. Portanto fica aqui o nosso repúdio relacionado aos bancos e aos pedágios”, concluiu.