Venezuela: Governo e oposição se comprometem a viver em paz


O governo da Venezuela e a oposição divulgaram neste sábado uma declaração conjunta denominada “Conviver em paz”, na qual ambos se comprometem a cumprir a Constituição do país e expressam seu “firme compromisso” com uma convivência “pacífica e construtiva” que “expatrie a violência”.

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Presidente Nicolás Maduro

O representante do governo, Jorge Rodríguez, e o da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Carlos Ocariz, leram sucessivamente perante os jornalistas a declaração conjunta ao término da segunda reunião plenária de diálogo, que se prolongou por cerca de quatro horas em um hotel de Caracas.

“Expressamos assim os valores e princípios que nos obrigam no marco da Constituição e nas leis da república. São princípios que compartilhamos e nos comprometemos a defender”, destaca o começo da declaração conjunta, lido por Rodríguez.

O documento afirma que ambas partes querem falar “ao povo da Venezuela” não como governo e oposição, mas em “uma condição para reconhecer e promover o consenso, a de cidadãos da Venezuela, compatriotas do bem comum, que está acima de nossas legítimas diferenças”.

Neste sentido, o governo e a MUD fazem um apelo para que a declaração seja respaldada pelas forças políticas, as instituições públicas, as organizações sociais, os veículos de comunicação, as universidades, as comunidades religiosas, os centros educativos e a sociedade em geral, segundo a parte do texto conjunto lida por Ocariz.

“Nos comprometemos de forma solene a que nossas diferenças políticas só tenham uma resposta no estrito marco constitucional, um caminho democrático pacífico e eleitoral”, asseguram.

Além disso, os delegados do governo venezuelano e da aliança opositora decidiram implementar em breve medidas para melhorar o abastecimento de alimentos e remédios que escasseiam no país.

“O governo nacional e a MUD (…) decidiram priorizar no curto prazo a adoção de medidas orientadas ao abastecimento de remédios e alimentos, sobre a base de contribuir para promover sua produção e importação”, disse aos jornalistas o enviado do Vaticano para o diálogo, Claudio María Celli. Com informações da Agência EFE.