Secretário de Educação fala sobre suposto abuso sexual em creche de Simões Filho e pede cautela no julgamento


Na semana passada, um professor da rede municipal de educação foi acusado de aliciar uma criança de apenas 4 anos, em uma creche da cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com os pais da criança, a menina teria afirmado que o professor colocou a mão propositalmente em sua genitália, o que caracterizaria uma forma de abuso sexual contra a criança, que ainda está na primeira fase da sua infância.

Em entrevista ao repórter Valfredo Silva, na manhã desta segunda-feira (04), o secretário Municipal de Educação, professor Manoelito Damasceno, falou publicamente sobre o caso e salientou a necessidade de se julgar os envolvidos com cautela.

“Não sei se isso é um fato, mas é a notícia que eu recebi na quinta-feira e eu procurei hoje visitar a escola, conversei com a diretora e também estive na delegacia para conversar com o delegado. Só sei dizer que a gente tem que ter muito cuidado com a apuração do caso, mas ligeiramente e inicialmente eu afastei o professor”.

Ainda de acordo com o secretário, há informações de que o pai da garota, revoltado com a situação, esteve na casa do professor e quebrou alguns pertences. Também há informação de que o educador saiu da cidade por medo de sofrer represália.

“A gente tem que ter o máximo de cuidado com as informações. Eu vou abrir inquérito administrativo para apurar o caso e evidentemente com resposta da justiça a gente toma uma decisão definitiva”.

Segundo o secretário, enquanto esteve em visita à escola, ele procurou ouvir outros professores, os gestores e a auxiliar de casse que trabalhava junto com o acusado, que inclusive afirma não ter testemunhado o suposto abuso.

“O professor tinha uma cuidadora, uma auxiliar de disciplina e ela me passou a informação de que não presenciou nada. Evidentemente que essa informação se soma ao cuidado que nós temos que tomar pra efeito de resguardar fisicamente o professor, a menina e a escola”.

Para concluir, Manoelito disse que a ele e aos demais munícipes não compete julgar o caso, nem tirar conclusões precipitadas antes da conclusão das investigações, porque “quem apura as informações é a delegacia e quem julga é o juiz”.

As identidades do professor, da criança e o nome da creche onde aconteceu o caso não foram divulgados em respeito ao sigilo das investigações e a preservação da integridade dos envolvidos.

O caso está sendo investigado pela 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho, onde a mãe da criança registrou a queixa, mas o delegado titular do departamento preferiu não se pronunciar sobre o caso até a devida apuração dos fatos.