Presidente de grupo LGBT afirma ter sofrido discriminação de funcionária da Saúde em Simões Filho


O presidente do grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Cia, Edy Carlos, em entrevista concedida na rádio Simões Filho FM 87.9, com o comando do radialista Jairo Mascarenhas, interessado em fazer parte do quadro de funcionários da atual gestão municipal, sofreu por parte de uma funcionária da saúde um tratamento discriminatório.

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Segundo Kakai,  uma funcionária que reside em Lauro de Freitas e agora compõe a equipe da Secretaria de Saúde de Simões Filho (Região Metropolitana de Salvador), afirmou que o mesmo não possuía qualificação suficiente para atuar junto ao Programa de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS), conforme pretendido.

Contudo, ainda de acordo com Kacay, ele vem realizando ao longo de 17 anos no município um trabalho com o Programa DST/AIDS, destinado ao público LGBT e é inadmissível que uma pessoa recém chegada na cidade, que inclusive desconhece as lutas do seguimento, colocá-lo como alguém desqualificado para atuar junto ao grupo.

“Eu estou bastante indignado, desde quando nós, representantes de um segmento nessa cidade na luta com ação pra prevenção e direito de igualdade estamos sendo pisados. Eu sou Gay, sou cidadão simõesfilhense e mereço respeito.”

O ativista social também se queixou durante a entrevista sobre a preferência da gestão atual de Simões Filho em priorizar a contratação da mão de obra externa, enquanto os diversos profissionais que residem na cidade estão sendo orientados a aguardar até março.

Edy colocou ainda que as discriminações estão acontecendo constantemente nos espaços públicos do município, não somente com ele, mas com outros membros da associação que relataram situações vividas já neste ano de 2017.

“Nós temos a lei contra a homofobia em Simões Filho desde 2005, e nós vamos correr atrás pra fazer valer o cumprimento desta lei, para que nossos seres humanos não sejam humilhados na casa do povo.”

Neste sentido, o presidente do grupo LGBT, pediu que as autoridades locais tomassem as devidas providencias, para que este e outros seguimentos da juventude simõesfilhense tenham seus direitos humanos preservados e respeitados.

O grupo LGBT do Cia, atualmente composto por cerca de 1500 associados em um total de 11 mil em Simões Filho, está organizando uma manifestação para o final do mês de janeiro, com uma caminhada em direção ao prédio da Prefeitura, para pedir respeito, direito de igualdade e outras reivindicações.