Prefeito volta a admitir dificuldades com a folha de pagamento: “Não tem como contratar mais ninguém”


O prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino esclareceu os questionamentos de alguns funcionários da Secretaria Municipal de Educação que alegam estar a alguns meses sem receber suas devidas remunerações.

De acordo com o prefeito, esses casos foram excepcionais de pessoas da gestão anterior que foram mantidas indevidamente pelos gestores escolares, ou até casos de profissionais encaminhados por líderes do governo às escolas sem uma autorização prévia da Secretaria de Administração e por isso não haviam sido admitidos oficialmente.

“Houve um fato no Colégio Padre Luiz Palmeira que a diretora havia mantido um funcionário lá. Outros casos que os funcionários estavam com os  memorandos, mas a Secretaria de Administração não tinha computado esses servidores e foram equacionados. Esses casos já foram resolvidos”, disse Dinha.

O prefeito revelou também que terá uma reunião ainda nesta quarta-feira com os diretores escolares, e caso haja alguma outra situação de contratação irregular de funcionário será resolvida, ainda que a medida adotada seja o afastamento do servidor.

“Vou requerer deles que identifiquem se tiver por ventura qualquer servidor nesta situação. Se foi autorizado por alguém que ocupa função de chefia nas secretarias de Educação ou Administração nós vamos resolver. Caso contrário, nós pediremos para afastar imediatamente da escola, porque não queremos de forma nenhuma que isso ocorra”, afirmou.

Na oportunidade, Dinha admitiu estar enfrentando dificuldades com o quadro de pessoal, ressaltando que de acordo com o permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Limite prudencial da folha de pagamento do município deve girar em torno dos 51%, enquanto em Simões Filho o índice já está acima dos 60%.

“Não tem mais como contratar ninguém. Vocês sabem as dificuldades que estamos passando com a folha. Estamos com 62% do gasto da receita corrente líquida com a folha. Temos que chegar em 31 de dezembro com 54% e a gente não pode mais admitir ninguém”, salientou ele.

O prefeito declarou que esta é a orientação da Secretaria da Fazenda e que ele passará a ser mais incisivo com relação às nomeações, para não mais prejudicar a sua gestão. “Não tem mais como admitir, a realidade é essa. Porque queremos manter as coisas em ordem na cidade. Queremos continuar pagando as contas em dias”, concluiu.

Em entrevista na manhã desta quarta-feira (30), na rádio sucesso FM 93.1