Prefeito Dinha volta a culpar gestão passada por obras ainda não realizadas e diz que já pagou mais de 3 milhões em rescisões


Durante entrevista na manhã desta terça-feira (17), o prefeito de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Diógenes Tolentino voltou a atribuir a culpa de obras ainda não realizadas pelo seu governo, à gestão passada.

De acordo com Dinha, em janeiro de 2017 quando assumiu, ele precisou quitar diversas dívidas herdadas pelo ex-prefeito Eduardo Alencar, incluindo salários dos servidores efetivos e rescisão dos nomeados exonerados.

Para ele, o antigo gestor municipal mente quando diz que deixou projetos encaminhados para serem finalizados por sua administração e comentou que o valor utilizado por ele para quitar as dívidas de Eduardo seria suficiente para reconstruir as comunidades menos favorecidas da cidade.

“Se você deixa o município com o servidor em atraso, devendo a Oi, a Embasa, a Coelba, devendo ao governo estadual, ao governo federal, devendo ao hospital, a empresa de limpeza, até aluguel a Igreja Católica, a Igreja Evangélica, ao servidor. Como é que ele deixou dinheiro em caixa? Os recursos que ficaram foram de convênios que não teve a contra partida do município para fazer e ficaram lá, revelou ele ao radialista Roque Santos”.

“A política hoje é uma política onde a mentira não cabe mais, porque a informação está aí. Você pega aí a rede social, pega o google vai lá faz uma pesquisa. Então acabou essa política do passado de ficar dando dinheiro para site pra ficar mentindo, dando dinheiro a locutor para ficar tornando uma mentira em verdade, só que o povo não está mais desinformado não”, reiterou ele.

O prefeito também comentou sobre o polêmico assunto das rescisões que já lhe renderam severas críticas, quando em 2017 ele disse que só pagaria a quem tivesse interesse. Desta vez, o alcaide preferiu dizer que está tentando pagar a todos os ex-servidores, na medida do possível.

“Hoje as pessoas me cobram rescisão. Rescisão de 2013 ainda eu estou pagando, 2013, 2014, 2015 e 2016. Já paguei R$ 3 milhões e 200 mil de rescisão, falta só 1 milhão e 100 mil para poder liquidar essa dívida. Estou honrando com pessoas que prestaram serviço no governo dele”.

Para concluir, Dinha admitiu que não é fácil administrar a cidade e revelou que sua administração está empenhada em aumentar a arrecadação municipal.

“Não é fácil administrar um município com tantas necessidades. O município estava abandonado, estava aí sucateado, não tinha equipamentos, não tinha recursos, não tinha nada e nós estamos agora reorganizando tudo, com o trabalho maravilhoso da Secretaria da Fazenda, o secretário Roberto realizou um trabalho para tornar a prefeitura cada vez mais eficiente na arrecadação.”