Palestra aberta discute doenças reumáticas no plenário da Câmara nesta sexta (6)


O plenário da Câmara recebe na manhã desta sexta-feira (6), a segunda ação do projeto denominado de “Setembro Lilás” com a realização de palestra gratuita sobre o tema “Integralidade na saúde Contracepção e Saúde Óssea”, que será ministrado pela reumatologista Mônica Martinelli. O encontro proposto pelo vereador e também médico, Dr. Alfredo Assis (PP), visa esclarecer dúvidas sobre os sintomas e o tratamento de doenças reumáticas.

De acordo com a reumatologista Mônica Martinelli, do Núcleo de Assistência ao Paciente Reumático (NUCLEAR), no Brasil, mais de 12 milhões de pessoas sofrem com doenças reumáticas e distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho. “Osteoartrite, Osteoporose, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatoide, Espondilite Anquilosante, Tendinites, Bursites são as enfermidades reumáticas mais comuns. Alguns estudos revelam que o grupo de doenças do setor muscular esquelético é a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade em todo o mundo, superando as cardiovasculares e pulmonares”, afirma a médica.

O Reumatismo não é uma doença. Lúpus, Artrite Reumatoide, Tendinites e Bursites são alguns tipos de enfermidades reumáticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o termo representa um conjunto de enfermidades que afetam, em maioria, as articulações. A fim de alertar sobre os sintomas e o tratamento para tais doenças, há quatro anos Salvador sancionou a Lei 8.925/2015, que institui a campanha de prevenção ao Reumatismo.

Setembro Lilás

Idealizado por Mônica Martinelli, criadora e coordenadora do projeto, em 15 de outubro de 2015, foi sancionada a Lei 8.925/2015, em Salvador, que designou Setembro como o mês de campanha de atenção às Doenças Reumáticas. O objetivo do “Setembro Lilás” é informar a população, de um modo geral, sobre a importância de prevenção contra as enfermidades que compõem o Reumatismo.

A fim de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos por doenças reumáticas, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, de acordo com Mônica Martinelli, medicamentos para pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Aos portadores de demais doenças autoimunes o Ministério da Saúde, por intermédio do Estado, assegura imunossupressores e imunobiológicos à população. O Município de Salvador também oferece protetor solar e corticoide aos enfermos reumáticos.

O NUCLEAR organiza, anualmente, um calendário de atividades e atendimentos voluntários, durante o “Setembro Lilás”. Palestras com profissionais da área de saúde, a fim de explicar à população os sintomas e as particularidades de cada enfermidade; Aulas abertas de capoeira e dança, como forma de valorizar a importância da atividade física na saúde articular; curso de automaquiagem, iniciativa que auxilia na melhoria da autoestima do portador de Lúpus – doença reumática que deixa marcas na pele e, no decorrer do mês, nove Feiras de Saúde, com consultas gratuitas, em bairros populares de Salvador.

Após a instituição do mês de setembro como símbolo de atenção às doenças reumáticas em Salvador, o “Setembro Lilás” também passou a vigorar, com o mesmo intuito, desde 2017, em Serrinha e Feira de Santana. Esse ano, além da Capital Baiana, as ações organizadas pelo NUCLEAR para a campanha preventiva ao Reumatismo também vão acontecer em Simões Filho, Acajutiba, Mata de São João (Praia do Forte), Ouriçangas, Maracás e Valença. Em Salvador, os atendimentos e atividades acontecerão nos bairros: Barra, Mata Escura, Campo Grande, Trobogy, Garibaldi, São Caetano, Santo Antônio Além do Carmo, Nazaré e Cajazeiras V.

Doenças Reumáticas: sintomas e tratamento

São mais 200 doenças reumáticas que podem atingir ainda o sistema respiratório, gastrointestinal, a pele etc. De acordo com a médica Mônica Martinelli, as enfermidades reumáticas juntas representam a segunda causa de morbimortalidade em todo o mundo, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. Engana-se quem pensa que o reumatismo é um problema exclusivo para pessoas mais velhas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, essas enfermidades podem ocorrer em qualquer faixa etária.

Os sintomas do reumatismo variam de acordo com os tipos de doenças. Monica Martinelli explica que, por exemplo, a osteoporose é mais frequente em mulheres acima de 40 anos. Enquanto que a osteoartrite, a depender da localização, é mais frequente em gêneros diferentes: “nos joelhos é mais comum em mulheres, nos quadris é mais comum em homens. A artrite reumatoide acomete mais mulheres acima de 40 anos; a gota é mais comum em homens acima de 35 anos; a espondilite em homens acima de 35 anos e o lúpus eritematoso sistêmico em mulheres entre 15 e 20 anos”, revela a reumatologista.

Independente disso, existem sinais que podem servir de alerta para essas patologias. Dores nas articulações, por um período que ultrapasse mais de seis semanas, vermelhidão, inchaço ou calor nas articulações, dores ao tentar esticar os braços sobre a cabeça ou ao levantar os ombros até o pescoço, ou ainda dificuldade para movimentar as articulações ao acordar, são sintomas que devem servir de alerta e encaminhamento a um médico. Confira abaixo toda a programação do “Setembro Lilás”.

(Ascom CMSF)