Levantamento aponta que a Bahia registrou 59.570 homicídios nos últimos dez anos


Um levantamento feito pela bancada de oposição na Assembleia Legislativa por meio de dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) apontou que 59.570 homicídios foram registrados no estado nos últimos dez anos.

Ainda segundo a bancada, nos últimos três anos do governo Rui Costa, 18.893 assassinatos ocorreram na Bahia. O líder da oposição, Luciano Ribeiro (DEM), criticou a situação da segurança pública baiana.

“O que não se admite é que uma situação tão grave como essa seja minimizada pelo governo do estado […]. Isso não pode ser visto com naturalidade. Milhares de jovens estão morrendo. Diariamente acontecem assassinatos motivados pelo consumo de drogas, pela violência urbana, ligada a prática de roubos e assaltos. São números absurdos e é preciso que o governo do estado encare isso de frente como uma situação a ser combatida”, afirmou o democrata.

Chamou também a atenção da Bancada, os números do último feriadão, entre 28 e 1 de maio, quando 28 pessoas foram assassinadas na Região Metropolitana de Salvador. Segundo o deputado, infraestrutura policial, baixos salários e estratégia para o combate precisam ser reavaliados.

Para o vice-líder, deputado Leur Lomanto Jr. (DEM) basta também verificar o quanto se investiu em outras áreas, a exemplo da educação, nos últimos anos para buscar respostas e saídas em curto e longo prazo.

“Quando vemos esses números buscamos também informações de outras áreas e percebemos a lacuna na educação, que há uma década vive apenas de promessas de melhorias. Em vez de fazer novos investimentos, o governo tem fechado escolas”, comentou Leur Jr.

 Leur destacou que a redução da violência passa por mais investimentos em educação, mantendo  o jovem o maior tempo possível na escola, o que não vem acontecendo na Bahia. Segundo ele, no período de 2015 a 2017, recursos investidos em Educação foram de apenas R$ 156,3 milhões. No total, neste mesmo período, o estado investiu, nas diversas áreas, mais de R$ 7 bilhões. Educação representou apenas 2% deste valor. “Ou seja, educação não é prioridade para este governo”, concluiu o deputado,