“Isso aqui é o sentimento puro de um povo maltratado e revoltado”, diz Dinha ao governador durante evento em Simões Filho


Durante a assinatura das ordens de serviços que autorizam a implantação da Policlínica Regional Metro Recôncavo Norte e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realizada pelo governador Rui Costa, na manhã desta segunda-feira (12), em Simões Filho, o prefeito Diógenes Tolentino foi bastante enfático em seu pronunciamento.
Na oportunidade, Dinha (PMDB) disse que, embora seja correligionário e seguidor político do prefeito ACM Neto (DEM), não poderia deixar de estar lado a lado com Rui Costa (PT) para cobrar as devidas melhorias que a população local anseia.

“Todos sabem que eu sou simpatizante do projeto político do prefeito ACM Neto, mas nem isso é suficiente para me tirar a oportunidade de estar do lado do governador, autoridade máxima da Bahia para dizer: O povo de Simões Filho sofre”.

Sem hesitar, Dinha revelou que tem oferecido todo suporte necessário para manter a ordem e a segurança pública ativa no município, mas, diante dos altos índices de violência que permeiam a cidade, ele precisa de uma intervenção mais eficaz e urgente do estado.

“Nós precisamos governador do seu apoio na questão da segurança no nosso município. Desde que assumimos o governo recuperamos a sede da Polícia Militar e da Rondesp com recursos próprios. Alugamos dois imóveis e colocamos a disposição da Polícia Militar. Agora em abril nós vamos entregar a PM 04 carros novos, mas nós precisamos desta parceria”, salientou.

Sobre as obras que estão sendo realizadas pelo governo no bairro da Pitanguinha, Dinha disse que esteve recentemente no Ministério das Cidades, em Brasília e pediu ainda mais recursos para que outras comunidades continuem sendo atendidas, independente de bandeira partidária.

“Não importa governador se quem está fazendo a obra é o senhor através da Conder, o que importa é que o povo simõesfilhense está sendo beneficiado. Não poderia nunca deixar de dizer ao governo do estado, a Bahia e ao Brasil que Simões Filho só quer ser bem tratado”.

Dinha ainda comentou que, algumas pessoas chamaram sua atenção dizendo que essas obras só vieram agora para cá porque é ano eleitoral. Sobre isso, o gestor municipal falou que não cabe o julgamento, desde que os serviços sejam realizados.

“Não me interessa a motivação no coração de cada um, se é política, se é administrativa, o que interessa é que faltam 09 meses pro termino do mandato do governador Rui Costa e ele pode sim fazer as obras que o povo precisa”, disse ele.

Dinha afirmou também que momentos antes de iniciar a cerimônia, o governador chamou ele e disse que se ocorresse alguma situação indesejada durante a cerimônia, ele seria responsabilizado. Nestes termos, o prefeito explicou que costuma fazer uma política limpa, séria e transparente e citou o senador Otto Alencar como um dos seus principais opositores.

“Eu e o senador Otto já fizemos campanha aqui ele de um lado e eu do outro, mas a minha política é passiva, não é de agressão. Não combinei dada disso aqui. Isso aqui é o sentimento puro de um povo maltratado e revoltado”.

Ainda a pedido do povo, o alcaide reivindicou a questão da Centra de Regulação do estado, que atua de maneira ineficaz e quase sempre deixa de atender as necessidades dos pacientes de alta complexidade em tempo hábil.

Dinha falou do Hospital Municipal, onde atualmente são empregados mensalmente  2 milhões e 600 mil e disse que somente em 2017, cerca de 25% do orçamento municipal foram gastos com a saúde.

“A alta complexidade é competência do estado. Nós não temos UTI e não temos como manter, mas eu quero desde já governador, me colocar a disposição para fazer com o senhor uma parceria para trazer uma UTI para o povo de Simões Filho.

Dinha também cobrou as obras do SAC e da extensão da Universidade Estadual da Bahia, na época prometidas pelo governador Jaques Wagner e que nunca foram feitas.  Para concluir, o gestor municipal salientou que “palavras o vento leva, mas as obras ficam marcadas no coração do povo.”