Impacto profundo: Demissão poderá afetar em cheio vendas do comércio neste final de ano em Simões Filho


Sem expectativa de pagar décimo terceiro salário e verbas rescisórias após demissões em massa pela Prefeitura no último mês de outubro, a crise na gestão econômica do município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador poderá afetar tragicamente o comercio local para as vendas de fim de ano.

Além das diversas empresas que vêm anunciando demissões por conta da crise em todo território brasileiro, mas uma vez os empresários  Simões-filhenses terão que enfrentar problemas que causarão impacto negativo para todos os setores, desde alugueis de imóveis até o mercado varejista, já que os 1200 servidores demitidos representavam boa parte da clientela.  A conseqüência será um efeito cascata que afetará toda cadeia produtiva local.

Com mais pessoas demitidas e sem dinheiro, compra-se menos nas quitandas e mercadinhos dos bairros, atrasa-se pagamentos de alugueis de imóveis, demite-se secretárias domésticas, suspende-se serviços de diaristas, cai o movimento nos bares e restaurantes da cidade impedindo que sobre dinheiro para a tradicional compra de presentes de Natal. E com as lojas vendendo menos, não haverá a necessidade das contratações temporárias para atender o período das festividades natalinas.

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De acordo com o prefeito Eduardo Alencar, em entrevista concedida logo após à demissão dos servidores, os desligamentos teriam sido por causa do engessamento da Lei de Responsabilidade Fiscal que, poderia acarretar em rejeição das suas contas pelo Tribunal de Contas dos Municípios; e caso a medida não fosse tomada poderia inviabilizar a sua vida pública. Além disso, ele pontuou que a crise econômica no país vem viabilizando cortes em todas as esferas da administração pública.

Apesar da justificativa, o Chefe do Executivo sancionou os projetos de Lei que aumenta os salários (subsídios), dos agentes políticos dos poderes Executivo e Legislativo, entretanto, a dificuldade econômica justificada pelo Gestor Público, não foi impedimento para junto com os parlamentares discutirem sobre a necessidade de redução das despesas.

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Enquanto os gestores municipais deverão gozar de mais um Natal privilegiado e aumento de salários a partir de janeiro de 2017, os ex-servidores, mais uma vez, relatam sofrer e amargar um natal indigesto sem suas rescisões trabalhistas, e devido a falta de capacitação ainda diminui as expectativas de novas oportunidades no mercado de trabalho, já que o índice de desemprego tem crescido no município.