Doenças infectocontagiosas podem afetar a saúde reprodutiva da mulher


As doenças infectocontagiosas são doenças de rápida transmissão provocadas por agentes patogênicos que são bactérias ou vírus. Cerca de 4,5 mil pessoas morrem por ano acometidas de algum tipo de doença infectocontagiosa. No público feminino, além dos sintomas comuns ao sexo, algumas delas podem ocasionar na fertilidade da mulher.

Segundo o infectologista da Hapvida Saúde, Lourival Rodrigues, é preciso que as mulheres estejam atentas aos sintomas. “As doenças infectocontagiosas alteram a saúde da mulher, podendo afetar negativamente a sua função reprodutiva. Quando acometidas durante a gravidez, as doenças infecciosas assumem especial importância e colocam três questões particulares, como o tratamento da doença da mãe, o efeito da infecção no curso da gravidez e a influência sobre o feto não só da doença materna, mas também do tratamento utilizado”, ressaltou.

Nesse público as doenças mais comuns pertencem a um grupo importante de doenças que são: toxoplasmose, sífilis, varicella-zoster, rubéola, cytomegalovirus e herpes genital. Além destas principais, existem outras doenças que podem ser transmitidas sexualmente como: blenorragia, infecções por clamydia trachomatis, verrugas genitais, tricomoníase vaginal, vaginose bacteriana, infecção pelo HIV e SIDA, hepatite B, brucelose e tuberculose.

O especialista orienta cuidados e formas de prevenir tais doenças. São elas:

1.      Imunização por meio de vacinas, tal como a rubéola, hepatite B e varicela antes da gravidez;

2.      No caso da toxoplasmose, a prevenção se faz da seguinte forma;

3.      Evitar o contato próximo com animais domésticos, nomeadamente gatos, e a utilizar luvas, se houver necessidade de manusear o recipiente dos dejetos;

4.      Utilizar luvas quando praticarem jardinagem;

5.      Ingerir alimentos bem cozidos, em particular carne e ovos;

6.      Lavar cuidadosamente as frutas e verduras;

7.      No caso da Rubéola, a vacinação generalizada é o principal meio de prevenção. Em cerca de 3% dos casos, a vacina não é eficaz e, por essa razão, justifica-se que na consulta pré-concepcional, se confirme a imunidade;

8.      Mulher não grávida, não imunizada deve ser vacinada, devendo evitar a gravidez por 90 dias;

9.      Caso a grávida não estiver imunizada, logo após o parto deve receber a vacina. Não é contra-indicado o aleitamento materno.