Diante da crise, prefeitos baianos se reúnem para discutir mobilização de 2016


A presidente da União dos Munícipios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, convocou os 390 prefeitos associados à entidade para uma assembleia geral extraordinária na próxima quarta-feira (13). A razão é simples e dramática: a falência econômica das cidades que dependem de repasses federais para manter as contas em dia.
De acordo com Quitéria, os convênios com o governo federal, entre os quais o Programa da Saúde da Família (PSF), oneram significantemente as contas das prefeituras colocando os gestores em uma condição de vulnerabilidade em relação à prestação de contas.
“Estamos no limite. Já tentamos diversas medidas para pressionar o governo federal e o fato é que se não houver mais repasses não há condições de manter os convênios. O Mais Médico, por exemplo, ajudou a manter a assistência médica na cidade, mas o custo continua acima do que os prefeitos conseguem pagar”.
Em setembro do ano passado, durante o encontro dos prefeitos baianos, alguns gestores defenderam a paralisação de atividades, uma espécie de greve administrativa, onde serviços deixariam de ser prestados à população. A ideia não foi levada adiante, contudo, pode voltar a ser considerada diante da falta de soluções.
Para se ter uma ideia de como o cenário não é bom, 39 prefeitos dos 156 associados que poderiam concorrer à reeleição, já disseram que não colocarão o nome na disputa. Quitéria pretende, durante a assembleia, definir uma agenda de mobilizações e selecionar as principais pautas de 2016.
Por Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf) | Fotos: Roberto Viana/Arquivo