Denyson Santana diz que presidente do PODEMOS teve ato criminoso, após impossibilidade de lançar candidatura a deputado


Impossibilitado de lançar candidatura a deputado estadual no pleito de 2018, o político e ex-secretário de Transportes do município de Simões Filho, Denyson Santana, filho do vereador Deni da Metalúrgica, escreveu uma carta aberta ao público fazendo críticas veementes ao presidente municipal do Partido PODEMOS, Danilo Gonçalves.

De acordo com Denyson, sua candidatura só não será possível por causa de um modelo perverso e traiçoeiro de fazer política, adotado pelo líder do partido, que optou em não efetuar sua filiação em tempo hábil justamente para impedir que o mesmo fosse candidato.

Denyson também disse que o ato de Danilo foi irresponsável e criminoso, tendo em vista que, além de desobedecer às ordens do presidente estadual do partido, o líder político também descumpriu uma decisão judicial, já que o pré-candidato teria entrado com um processo na justiça.

Confira a carta na íntegra

Desde 2016 estive afastado da política partidária, nesse curto espaço de tempo recebi diversos convites para dar continuidade no pleito de 2018. Pessoas que diziam que ainda não era o momento de parar, pois acreditam que podemos contribuir com nosso Município e nosso Estado. Para mim era um decisão difícil a tomar, pois os convites para coloca-se a disposição para Deputado Estadual exigia mais uma vez desprendimento de sonhos e projetos pessoais que iam de encontro ao caminho eleitoral. Por outro lado, estavam a NECESSIDADE e DESEJO da comunidade simõesfilhense de ter um filho legítimo, representante no legislativo de nosso estado, sem contar que faço parte do coro que acredita que Simões Filho pode sim, ter um Deputado Estadual. Como não sou de fugir dos desafios, aceitei o convite do Presidente Estadual do Partido PODEMOS, o Deputado Federal Bacelar, o qual me convenceu do interesse de fazer parte do quadro do partido na eleição deste ano. Ocorre que o processo de formalização desse convite se concretizava com a FILIAÇÃO PARTIDÁRIA, onde começaram tristes episódios de uma POLÍTICA perversa.

No dia 06/04/2018, o Diretório Estadual do Partido passou minha ficha de filiação ao Presidente Municipal da sigla, o Sr. Danilo Gonçalves, para que fosse feita a filiação na lista municipal, ocorre que no dia 16/04/18, um dia após o prazo final do processo de filiação, tomei conhecimento que o Sr. Danilo não efetuou a minha filiação. De pronto procurei o Presidente Estadual que me informou mais uma vez que não compartilhava da postura do mesmo de desrespeito a uma decisão superior. Assim sendo, ingressei com um processo de filiação na justiça eleitoral, pois tinha seguido todos os tramites legais para tal.

No dia 18/05/18, a Juíza Eleitoral da 33ª Zona, decidiu por minha filiação, ORDENANDO que o Presidente Municipal, o Sr. Danilo Gonçalves efetuasse a filiação no prazo de 05 dias úteis. Ocorre que no último dia 04/06/18, encerrou o prazo interno de registro da Justiça Eleitoral dos Filiados e que mais uma vez, agora descumprindo uma DECISÃO JUDICIAL, o Sr. Danilo não tinha efetuado a minha filiação, ao tempo que fui alertado por meu advogado da impossibilidade de registro após esse fato.
Meus caros amigos, observem que um ato irresponsável e criminoso de um Presidente Partidário, matou sonhos e oportunidades de manutenção de nossa CANDIDATURA A DEPUTADO ESTADUAL. Infelizmente nossa democracia ainda vive sob influências de pessoas que ESTÃO A SERVIÇO de um modelo perverso e traiçoeiro de fazer política.

Sendo assim, venho dividir com vocês a minha tristeza em anunciar a impossibilidade de minha candidatura, impossibilidade essa, única e exclusivamente devido ao fato do Sr. Danilo Gonçalves, que ainda continua Presidente do Partido PODEMOS Simões Filho, não ter efetuado minha filiação. Espero confiante na Justiça Eleitoral frente a este crime, e espero também que esse lamentável acontecimento não sirva de estímulo para afastar as pessoas de bem da política. Infelizmente estamos vivendo a cultura de golpes e esses não ocorrem só com a retirada de poder legítimos, mas, principalmente, com a retirada de DIREITOS LEGÍTIMOS.

Denyson Santana