DENÚNCIA: Diretora de escola e agentes da Guarda Municipal são acusados de desvios de peixe em Simões Filho


 [soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/marcos-simoes-217735983/denuncia-diretora-de-escola-e-agentes-da-guarda-municipal” ][/soundcloud] A entrega dos peixes, em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador realizada na última quarta-feira (23), por equipes da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (SEDES), que há vários anos a prefeitura garante a ‘Semana Santa’ para milhares de famílias; terminou com uma imagem negativa e que deverá ser apurada pela secretária Lúcia Abreu.  Em entrevista à rádio Simões Filho FM – 87.9, três mulheres denunciaram e acusaram a diretora da Escola Vereador João Campos (Colejinho) e agentes da Guarda Municipal por desvios de peixes.

“Ficamos indignadas com o que vimos em frente ao Colejinho. Chegamos lá às 17:30h para pegar nosso peixe e quando foi 18:30h a diretora disse que não tinha mais peixe, mas pessoas que estavam na fila nos contaram que algumas caixas de peixes foram levadas para o fundo da escola”, revelou uma das mulheres ao radialista Jairo Mascarenhas.

“O Guarda Municipal ainda confirmou que tinha peixe, mas disse que não tinha autorização para nos dar”, disparou a mulher que não teve seu nome revelado no programa de rádio.

Este ano 45 toneladas de peixes foram entregues para famílias que participam de programas como Bolsa Família e Tarifa Social de energia elétrica, mas as mulheres denunciaram desvios e levarão o caso para a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.

Segundo elas, diversas pessoas receberam de 5 a 6 pacotes de peixes. “Não acho isso correto a distribuição que foi feita e quando chegou a nossa vez; a diretoria do Colejinho disse que não tinha mais peixe. Houve pessoas que moram no Iraque e tiveram que ir embora para não perder o transporte. É um absurdo; diversas pessoas não receberam; enquanto pessoas com sacos de lixos cheios de peixes”, relataram as mulheres. 

Um fato estarrecedor foi a queixa das mulheres ao radialista Jairo Mascarenhas. 

“A diretora, funcionários e os Guarda Municipais fecharam a escola. A diretora ficou sentada na praça e os guardas dentro do carro do outro lado da pista. “Às 22h, a diretora voltou e abriu a escola com umas 15 pessoas”.

“Atravessamos a rua e invadimos a escola; quando vimos agentes da Guarda Municipal com dois sacos de lixo de 50 kg cada cheio de peixes e carregando nos ombros. Eles alegaram que trabalharam o dia todo. Dissemos a eles que era justo eles receberem o peixe, mas não daquela forma onde várias pessoas deixaram de receber e uma mulher operada com o marido desempregado esperava o peixe para poder alimentar os filhos”, revelaram indignadas as mulheres.

Para Jairo Mascarenhas, uma das três denunciantes afirmou que ao entrar na escola e fazer fotos e filmagens, foi ameaçada pelos agentes da Guarda Municipal que trabalhavam no local.

“Um dos GM disse que era para me dar um murro na cara e quebrar meu celular. Por pouco não apanhamos na praça. Não podemos aceitar ficar sem peixe e eles com sacos de lixo cheios carregando na cabeça. Isso é um absurdo”, disseram as mulheres que ainda afirmaram. “A culpada de tudo isso é a diretora”.

Transtornado com a situação, o radialista Jairo Mascarenhas criticou a população que falam mal de políticos e na oportunidade tiram o peixe de quem precisa. Ainda segundo Jairo, o prefeito Eduardo Alencar desconhece e não orienta essa prática e deve haver uma apuração do fato, além, da mulher ameaçada procurar as autoridades e abrir um boletim de ocorrência contra o agente da Guarda Municipal.

As três mulheres estiveram na casa da secretária Lúcia Abreu; que não estava, mas irão procurá-la na secretaria. “Estamos denunciando para o próximo ano isso não se repita”, justificaram.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com o Coordenador Especial da Guarda Municipal, Sargento Pires que informou que vai abrir sindicância e apurar os fatos.