Comunidade de Pitanga de Palmares realiza manifestação pedindo justiça pela morte de “Binho do Quilombo”


A comunidade de Pitanga de Palmares, onde residia o líder quilombola “Binho do Quilombo”, assassinado na última terça-feira (19), realizou uma manifestação na manhã desta quinta-feira (21), pedindo por justiça e segurança pública.

O protesto aconteceu por volta das 06h, em um trecho da rodovia Canal de Tráfego, estrada que liga os municípios de Simões Filho, Candeias e Camaçari. Os manifestantes queimaram pneus e fizeram uma barreira humana no meio na pista.

A comunidade pede uma resposta das autoridades públicas referente à morte do líder quilombola. “Queremos respostas das autoridades e que a justiça seja feita, porque este crime brutal não pode ser mais um nas estatísticas. Essa crueldade que fizeram com nosso guerreiro não pode ficar assim, quem fez isso tem que pagar”, disse uma jovem que não se identificou.

Também foram entoados gritos de guerra acompanhados ao som de tambor com as frases: “Queremos solução, queremos justiça, Pitanga revoltada, por Binho do Quilombo eu quero justiça”

Além disso, a comunidade utilizou diversos objetos para desenhar uma cruz no chão e com tinta foi escrito: “Luto Binho do Quilombo”. A polícia Militar esteve no local para acompanhar a ação pacífica.

Na tarde do mesmo dia em que o crime aconteceu, alunos da Escola Municipal Nova Esperança, local onde Binho foi assassinado, também fizeram protesto com cartazes e gritos com pedido de justiça. Binho foi morto em frente à escola onde um dos seus três filhos estuda.

Entenda o caso

“Binho do Quilombo”, foi brutalmente assassinado dentro do próprio carro, na manhã da última terça-feira (19), em frente à Escola Nova Esperança, no distrito de Pitanga de Palmares, próximo de sua residência.

Testemunhas afirmam que um carro branco parou do lado do veículo da vítima e sem sair de dentro do automóvel os meliantes dispararam cerca de 14 disparos de arma de fogo contra Binho, que não teve tempo de reagir.

Ainda não se tem maiores informações sobre o crime. O caso está sendo investigado pela 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho.