Cachorro que muito late não morde, diz vereador Laércio Valentim; “A gente tem que ir pra cima assim”.


Em solidariedade aos familiares da jovem Daniela Santos Melo, assassinada durante uma festa de São João na frente dos vizinhos, os vereadores de Simões Filho, em sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira (27), pediram a palavra franqueada para discutir a situação e reafirmar o desejo de implantação do Centro de Referência da Mulher no município.

Durante a discussão, alguns dos edis manifestaram pesar pela morte da jovem e outros demonstraram indignação pelo crime brutal, até o momento impune. Na oportunidade, o vereador Orlando de Amadeu voltou a se indispor com o governador Rui Costa, atribuindo ao Estado a inviabilidade da construção da Delegacia da Mulher.

“É uma luta de mais de 12 anos pela Delegacia da Mulher nesta cidade e até hoje nós não temos. È um verdadeiro descaso o que o Governo do Estado faz com essa cidade. Vamos lutar junto com o prefeito para que a gente traga a DEAM pra nossa cidade e a gente possa estar valorizando as nossas mulheres, que têm sido muito mal tratadas”, afirmou o vereador.

Como presidente da Comissão Permanente de Segurança, o vereador Laércio Valentim disse que cabe aos edis cobrar das autoridades policiais a devida resposta que a sociedade deseja, com a punição do criminoso e não apenas criticar o Governo Estadual.

“Eu acho que não é com critica nem com elogios que a gente tem que ir pra cima. A Delegacia da Mulher tem que ser implantada em Simões Filho com os votos que as pessoas nos deram. Pra que a gente vá até o Governo do Estado, vá até a Secretaria de Segurança Pública, pra que eles venham até nós e não ficar criticando aqui”, revelou Laércio.

Valentim disse ainda que a questão da violência é um problema que atinge toda a população brasileira e usou uma expressão bastante popular para repreender o nobre colega exaltado.

“A gente tem que ir pra cima assim. Me desculpe, não leve isso como ofensa, mas meu pai falava: cachorro que muito late não morde. Portanto, a gente tem que saber que somos homens, pessoas de bem, que querem ver a cidade diferente. Essa mudança tem que ocorrer não só no nosso município, mas em todo o Brasil”, finalizou.