Boly Boly volta a sacudir sessão da Câmara; professor, vereador e prefeito deveriam ter o mesmo salário em Simões Filho


Ao discutir o Projeto de Lei de nº 024/2017, oriundo do Poder Executivo Municipal que fixa os valores dos vencimentos básicos de professor e coordenador pedagógico da Rede Municipal de Ensino do Município e dá outras providências, o vereador Cleiton Aparecido (Boly Boly) voltou a “sacudir” a Câmara Municipal de Simões Filho.

“Nós sabemos que o professor é responsável pela formação do cidadão e deveria sim ter um salário muito maior do que recebe. Deveria ter o salário igual ou melhor do que um vereador, que o prefeito, porque é através dele que eu estou aqui hoje nesta Casa”, disse Cleiton.

O vereador lembrou também que em diversos cantos do Brasil os professores muitas vezes precisam enfrentar situações subumanas, como prédios e equipamentos sucateados, falta de água e merenda escolar e mesmo assim continuam batalhando para garantir a formação de seus alunos.

“Muitas vezes os professores vão as salas de aula sem nenhuma qualidade nas condições de trabalho e mesmo assim eles não abandonam a profissão. Não só na cidade de Simões Filho como em outros municípios, os acontecimentos diários demonstram uma discriminação com a classe da educação, mas o prefeito desta cidade teve a sensibilidade, de com muita coerência e sensatez conceder este reajuste”, ressaltou Boly Boly.

O projeto do Executivo simõesfilhense está baseado na Lei Federal nº 11.738/08 que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional para o magistério, e irá fixar com efeito retroativo à 01/01/2017, os salários dos profissionais de educação do município, reajustando os vencimentos de quem trabalha com jornada de 20h semanais, para R$ 1.207, 15 e jornada de 40h semanais, R$ 2.430, 00.

Para o vereador, embora a Lei Federal que estabelece o piso salarial para o magistério não obrigue os municípios a aderirem os mesmos critérios para os profissionais da Rede Municipal de Ensino, em sua concepção, qualquer reajuste oferecido pela prefeitura de Simões Filho ainda será insuficiente diante da grandiosidade da profissão.

“Eu volto a dizer que professor deveria ganhar 15mil, 20mil reais, porque se não fossem eles, não teríamos hoje tantas pessoas formadas nas mais diversas profissões, como advogados, juízes, médicos e outros”, finalizou.