Após pânico escola suspende aulas noturnas: “Alunos ameaçaram frequentar a escola armados”; diz diretora


Após viverem momentos de pânico e medo na noite da última segunda-feira (15), quando 5 elementos armados saquearam as salas e levaram tudo dos alunos e professores, a direção da Escola Municipal Padre Luiz Palmeiras, em Simões Filho, resolveu suspender as aulas no período noturno até que a situação da segurança na unidade escolar seja restabelecida.

A diretora e professora da escola, Eliane disse está muito abalada com a situação e contou sobre a sensação de frustração diante da vulnerabilidade que a escola está sujeita com tamanha violência.

“Eu estou muito chocada, muito abalada, realmente estou muito triste porque é um trabalho que a gente vem desenvolvendo, é um trabalho de resgate de valores de moralismo, de segurança e de uma hora pra outra a gente vê o trabalho da gente descendo ladeira a baixo, então agente suplica que haja esse suporte das autoridades competentes”, revelou ela.

A professora falou sobre a decisão em comum acordo com todos os gestores e professores da unidade escolar em suspender as atividades do noturno, até uma segunda ordem das autoridades municipais.
“Nos reunimos com os três turnos e entramos em comum acordo por hora suspender as aulas do noturno por acharmos que a segurança, como já foi visto, todo mundo já sabe o que aconteceu ontem a noite, achamos melhor tomar esta medida para que não coloquemos mais em risco ninguém” explicou.

A diretora ainda revelou que alguns alunos ameaçaram frequentar a escola armados como forma de defesa em caso de um novo ataque.
“Até mesmo porque os próprios alunos estão revoltados, se posicionando de forma inadequada, dizendo que vão vir também armados pela própria defesa, e aí o que pode acontecer? Uma guerra aqui dentro? Não estamos aqui pra isso”, comentou.

Já o professor Ruy, que estava presente no momento da ação dos bandidos, relembrou que há um pouco mais de uma no atrás um aluno foi vítima de assassinato dentro da escola e até o momento nenhuma medida mais eficiente foi tomada para minimizar a insegurança.

“Existe uma situação que é recorrente, situações anteriores ocorreram que envolveu o assassinato de um aluno, e me parece que de lá pra cá pouca coisa foi feita em relação a segurança. Considerando que o Luiz Palmeiras é uma escola com uma área extremamente grande e na realidade nós colocamos como opção, a possibilidade de colocar os grupos da guarda municipal com um posto dentro da escola, já que existe um espaço grande e não utilizado”, disse ele.

“Os marginais aproveitam essa área toda extensa no entorno da escola e vulnerável e eles pulam o muro e usam drogas e fazem coisas terríveis e nos expõem essa insegurança que nós vivemos rotineiramente”, completou Ruy.

Segundo a diretora Eliane, foi pedido que instalassem câmeras de monitoramento que alcançasse todos os ângulos da escola, mas até o momento o pedido ainda não foi atendido. Atualmente cerca de 1500 alunos estudam no Padre Luiz Palmeiras.